sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008



Eita, saudade... (por Butterfly)

Assim que eu e minhas amigas inseparáveis batemos o martelo para pôr em prática nosso antigo projeto de publicar nossos textos, onde quer que fosse o veículo (net, tv, jornal, revista, internet ou sinais de fumaça), de imediato pensei no tema do meu primeiro texto: SAUDADE. Acabou que ele não foi meu texto de estréia, mas estou aqui para me redimir.
Saudade, palavra só conhecida na língua portuguesa é um mistura dos sentimentos, que podem ser causados pela distância de alguém que já se foi, do tempo que não volta mais, ou simplesmente das pessoas que foram “separadas” por motivo de mudança de cidade, estado, ou país, o que é o meu caso.
Estou longe de casa, há mais de uma semana, há mais de um mês, há quase três anos... Milhas e milhas distante dos meus “amores”. Aqui formo uma família ao lado do meu “lindo”, este é só um dos apelidos que coloquei no meu amor, abrigo, marido, irmão, pai, amigo. Se não fosse todo amor que sinto por ele...
... A fé que tenho em Deus e a energia de todos que me amam aí no Brasil, seria impossível ficar tanto tempo longe do meu ninho. Eu não suportaria viver assim com meu coraçãozinho que fica miúdo toda vez penso na minha família e nos meus queridos amiganjos ou irmanjos, como costumo dizer.
Pior que a saudade que eu sinto de todos que fazem parte de minha vida, é o sentimento de impotência quando eu sei que uma dessas pessoas queridas está precisando do meu ombro amigo, de um colo, ou simplesmente de minha companhia silenciosa. Sinto-me assim mesmo, uma maesona que precisa colocar todos os filhos de baixo das asas, para tentar protegê-los das mazelas deste mundo.
O texto está pesado, eu sei. Soa como um desabafo... Não era pra ser. Mas serve também de alerta para todas as pessoas que têm familiares e amigos aí bem pertinho. Muita gente diz que não tem tempo de visitar um amigo que mora em outro bairro. A alegação é sempre a mesma: FALTA DE TEMPO! Eu respondo: - MENTIRA! Coitado do tempo, ele não tem nada haver com isto. A FALTA mesmo é de vontade, de interesse, ou vergonha na cara (risos). Nossa, estou sendo dura! Mas é verdade.
A distância é talvez uma das formas mais cruéis de se perceber a importância das pessoas em nossas vidas. Graças a Deus eu nunca precisei disto para saber valorizar quem eu amo. Mesmo assim, faço valer cada segundo quando vou ao Brasil visitar todos que estimo profundamente. Faço questão de marca encontros com a turma da escola, a turma da faculdade, da turma do coral, a turma de Igreja e as amigas e amigos que estão comigo há mais de 10 anos. Esses são mais que amigos, são anjoirmãos mesmo. Para não deixar ninguém enciumado, não vou citar nomes, mas quem é meu amigo mesmo, sabe quem faz parte de minha lista, né mesmo?
Li esta semana um texto que me fala um pouco mais sobre a importância de demonstrar nosso amor e sentimento de gratidão para as pessoas que amamos hoje, agora. A história era um desabafo de um rapaz que havia perdido a namorada em um acidente de avião. Ele começa o depoimento com a frase Se eu ao menos eu soubesse que esta seria a última vez que iríamos nos ver, diria que te amo, te abraçaria mais forte, te cobriria de carinho... E por ai ele segue lastimando pelo que deixou de fazer.
É clichê, mas a gente realmente se esquece de viver cada dia como se fosse o último de nossa vida. Esquecemos de tantas coisas realmente vale a pena nesta vida e passamos a nos preocupar com picuinhas, com a droga de uma unha quebrada, com a da sandália melada de merda, com o telefone do celular que não pára de tocar o dia todo... Enquanto isto, aquele parente distante ou amigo esperam por um simples: - olá, tudo bem?
Pense nisso, faça sua vida valer a pena todos os dias. Se você está com raiva, perdoe. A mágoa só vai fazer mal a uma pessoa: você! Ligue agora... Vá agora encontrar quem você ama, pois o futuro a Deus pertence e talvez o amanhã nunca chegue! Não morra de saudade, viva de saudade e não faça disto um sofrimento, mas um motivo que te faça valorizar mais e mais que você ama. “Saudade, sim! Tristeza, não!”

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