quinta-feira, 29 de maio de 2008

Mais que chuchu na cerca

Antes de começar a escrever fui pesquisar na internet para saber se o ditado do título estava certo. Na verdade as duas variações são usadas: "dá mais que chuchu na serra" e "dá mais que chuchu na cerca" são duas variações do mesmo tema: o chuchu é uma trepadeira que dá que só a mulesta.

Tava procurando uma foto de um chuchu em uma cerca no Google quando achei essa pérola, esqueci até o assunto sobre o qual queria escrever depois de me impressionar em como a natureza também é bem sacana. Acho que não preciso dizer com que esse chuchu tem mais que uma ligeira semelhança, mesmo só um tantinho desproporcional, mas acho que a natureza foi mais criativa em diferenciar as partes intimas humanas do que os rostos, então por sorte ou azar alguém pode achar mais familiar que a maioria.

Mas estou aqui pra falar de outras coisas...

Tava pensando sobre as campanhas de auto-estima para prostitutas. Acho estranho isso. Acho que só fazem isso por ter consciencia de quanto essa vida deve ser dura, sem trocadilho, no pior sentido da palavra, pq se fosse bom, ninhgém precisaria fazer tanta propaganda. Vcs sabiam que o dia internacional da prostituta é no dia 2 de junho? Fiquei sabendo há cinco minutos lendo um folder sobre a programação cultural que vão fazer aqui nesse dia (o ótimo é que o older é supersofisticado e algumas das atividades serão feitas no cabarés, mas o convite é pra todas as moçoilas de vida fácil ou difícil, não importa).

Tava pensando que apesar de ser a profissão mais antiga do mundo deve estar em vias de extinsão, pelo menos como atividade profissional, porque acabar com a putaria generalizada (com perdão das expressões) é missão quase impossível. Isso não é só em relação a sexo, mas vou me deter a isso hoje (bem que dizem que quem muito fala, não pratica, eis a prova viva).

Apesar de eu estar fora do mercado de paqueras, namoros, ficas, rolos e afins, fico pensando se na era digital alguém ainda precisa recorrer a bordeis e usar para pagar a alguém, a grana que poderia ser usada pra frequentar um motel melhorzinho. Digo isso pq vejo cada coisa na internet que me arrepia e não é de exitação.

Arranjar alguém para namorar hoje em dia é dificil, mas se quiser, em cinco minutos descolo um parceiro que vai jurar por 15 minutos que sou maravilhosa e esquecer completamente a minha cara no dia seguinte e isso tudo de graça. E ainda tem o agravante de ter a certeza que ao menos uma gota de tesão por você aquela pessoa tem.

Fico pensando também que essa profissão ganhou um certo glamour depois do livro da Bruna Sufistinha, e da Capitu da novela.... Siceramente não sei quantos reais me faria perder o orgulho, a vergonha oua calcinha, mas acredito que todo mundo tem seu preço, apesar de que não sei se suportaria o estigma, apesar de saber que isso é bastante relativo e que se o problema é currículo, conheço uns de não profissionais que são quilométricos.

Tá, admito que fui preconceituosa, mas fazer o que? É uma profissão, opção de vida, sei lá, mas não, nunca como outras qualquer... é tipo barriga de alugeul, gente contratada pra chorar em velório, as conhecidas carpideiras, é até mesmo o ator, são profissões que mexem com coisas que envolvem emoções que muitas vezes ficam bem melhor embaixo do tapete. E conviver na vida profissional o que já te atormenta na vida pessoal, o desejo, sexo, morte, dor, dúvida, seja o que for, é demais. Dar mais que chuchu na cerca é um direito de cada uma, mas acho que ninguém acha legal ter que passar troco depois.

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