segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Quase 30 com corpinho de 12

Não estranhem o título. Desde os 12 anos tenho exatamente a mesma altura e praticamento o mesmo peso, depois é claro de períodos de vacas gordas (obesas) e vacasa magras (quase anorexicas), o cabelo estou tentando retornar ao modelo original, após toda gama de cores racionais possíveis, óculos após péssima adaptação a lentes, estou tal qual mais de 15 anos passados.

O engraçado é que quando eu tinha 12 todos pensavam que eu tinha mais, muito mais, tanto que passei bastante tempo sem namorar, porque todo mundo que chegava em mim era muito mais velho e com 12 eu tinha um lógio e compreensivel medo. Hoje o quadro se inverteu. Quanto mais velha me acho, mas nova me vêem. Todos menos meu espelho.

Não tenho mais minhas pernocas lindas e o broze que ostentava aos 12, mas por mais que as linhas de expressão se aprofudem no meu rosto, meu relógio biológico parece correr ao contrário para quem está de fora.

As vezes me acho velha pra caramba e para algumas coisas realmente sou, tem coisas que precisam ser começadas antes dos 20 ou na infancia e esse tempo eu não tenho mais, as vezes me acho nova demais como se a perspectiva de ter ainda tantos anos pela frente fosse um enfadonho desafio e não uma dádiva.

Ontem, de repente, no meio da garotada me senti velha e a garotada me sentiu nova duvidando dos meus anos todos. Trocaria minha idade, mas não minha vivência. O engraçado foi ver os boyzinhos e seus hormonios sub 20, paquerando a titia aqui enquanto eu tentava encontrar algúm com menos carbono 14, se é que me entendem. Todo mundo sabe que sempre fui chegada nun fóssil vivo, mas tá cada vez mais dificil achar algum. Entre os mais novinho, rola beijinho, mas não rola emoção....

Problemas de quem chegou sozinha a meia idade, já que a meia idade feminina acontece bem mais cedo que a masculina, pelo menos do quesito amor. Não trocaria meua amores passados por nada, mas trocaria todos os meus amores futuros ppor um único e indissolúvel amor, talvez um que já fez parte do meu passado e ainda me acompanha no presente mesmo que seja só como uma doce saudade e uma dolorosa lembrança, um amor terminado antes do fim. O amor que eu ainda quero para mim.

Esse texto saiu o oposto do que eu pretendia dizer. Era pra ser um relato divertido sobre meu dia de ontem, mas saiu uma reflexão até dolorosa dos meus anos.... fico devendo....

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