quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

De Rosie a Manoi AT01, onde vamos parar? (por Butterfly)



Quem já assistiu filmes e séries de ficção científica dos anos 60, a exemplo de Jornada nas Estrelas ou o famoso desenho “Os Jetsons”, um dia já deve ter sonhado em ter uma Rosie (aquela empregada robô 1.001 utilidades) ou então com aqueles “carros-voadores” para fugir dos congestionamentos, não é verdade? Até pouco tempo atrás era absurdo acreditar que aquelas parafernálias, frutos da imaginação de seus criadores, um dia se tornariam realidade. Até que...

Chegamos a 2008 e muito do que era ficção, hoje está ai em sua casa ou nas últimas notícias veiculadas pelos meios de comunicação. São computadores de vários modelos, mp3, mp4, mptudo, celulares, webcams, máquinas digitais e até mesmo robôs humanóides. Ninguém pode negar que todos estes avanços tecnológicos têm facilitado as nossas vidas. A questão é: até que ponto eles são úteis ou supérfluos, benéficos ou maléficos?
O Manoi AT01 é um desses exemplos tecnológicos fruto da robótica. Ele tem 34 cm e 1,4 kg, mas ainda não pode cumprir tarefas domésticas, como a Rosie dos Jetsons. O que ele faz então? Escuta desabafos e reclamações. Quem quiser ter um desses, poderá comprá-lo a partir de Setembro, no valor estimado de US$ 1000,00. Isto mesmo, você paga para ter alguém que ouça seus desabafos e reclamações! Absurdo? Inacreditável? Uma maravilha?
Outro dia, li na internet que inventores holandeses criaram um robô frentista para trabalhar em postos de gasolina. Detalhe: a novidade foi inspirada nos robôs que ordenham vacas em fazendas de leite e custa cerca de R$ 190 mil. A previsão é que eles estejam em atividade em alguns postos da Holanda no final deste ano. Já imaginou se esta “moda” pega no Brasil?
Se você parar para pensar em quantas pessoas que morrem por causa da fome ou da violência, enquanto são investidos milhões de dólares em robôs e novas tecnologias, não fica difícil responder a questão. Em contrapartida, através do desenvolvimento tecnológico, novas descobertas científicas também ajudam a humanidade, não é verdade? A partir daí, percebemos que o “X” da questão está no bom-senso e equilíbrio de como tudo é feito no mundo.
O fato é que algumas autoridades mundiais, mentes brilhantes ou anônimos deveriam focar suas atenções para o que elas estão fazendo com a Terra. Enquanto muitos gastam “rios de dinheiro” procurando vizinhos extraterrestres ou fabricando robôs que dançam, mexem o dedo, ouvem desabafos, nossos “rios secam”.
Com o problema do aquecimento global em alta e a nossa preciosa água em baixa, muitas pessoas começam a se conscientizar sobre a importância de cuidar da Terra. Entramos numa corrida contra o tempo e se não fizermos nada, não existirá nada o que fazer e robô nenhum no mundo que salvará o nosso planeta. Então, a humanidade saberá distinguir o que deveria ser real ou continuar fazendo parte dos filmes e séries de ficção dos anos 60.

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