sexta-feira, 18 de julho de 2008

Fúria contida



Co-habitam em mim duas mulheres. Tão distintas quanto marcantes.

Uma é só docura, paz, bondade e compaixão.

Aoutra é pura fúria. Nenhum outro sentimento: apenas fúria.

Essa furiosa anda dando as caras com mais frequencia do que eu gostaria. Anso insoprtavelmente furiosa e como o bon senso me impede muitas vezes de dar vazão a toda minha ira, a vítima mais frequente de todo o meu potencial bélico sou eu mesma.

Ando friosa também por não poder quebrar tudo como gostaria, todas as caras, ah! quantas são! que eu gostaria de desfigurar.

Essa fúria em mim sempre existiu, sempre fui tremendamente furiosa, como tudo e o tempo todo e as vezes ela é tanta que chega a doer como doi tristeza e saudade. E ela volta cada vez mais violenta e quase não se aguentando no peito, quase arrebentando o coração que a prende.

Não sei se é o correr dos dias, dos anos, a sensação de estar sendo injustiçada, a inércia, a burrice própria e a alheia, a frieza frente ao sofrimento do outros, tudo isso alimenta a minha fúria.

Sei que a fúria é um sentimento necessário como todos os outros, mas tenho medo que no lugar dos sorrisos, ela vinque meu rosto e eu passe a me indentificar em definitivo com esse sentimento que em alguns momentos tão pouco se parece comigo.

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